top of page

Concurso Jovens Cientistas

28.º Concurso Jovens Cientistas 2020

“Microalgas e as Alterações Climáticas”

 

Área de estudo: Biologia

Título do Projeto: “Microalgas e as alterações climáticas”

Palavras-chave: Microalgas, biofertilizante, sustentabilidade

Desde 2020, que são cultivadas 4 espécies de microalgas na nossa escola, cedidas pelo banco de microalgas da Universidade da Madeira, destinadas a serem usadas como biofertilizante, no entanto pretendemos ampliar o nosso sistema de produção, incluindo microalgas comestíveis, que possam ser introduzidas na alimentação dos nossos alunos na cantina da escola, sensibilizando-se a comunidade educativa e o meio envolvente para a importância das microalgas e os seus benefícios para a saúde.

O cultivo de microalgas é simples, constituindo um sistema biológico eficiente na utilização da energia solar para a produção de matéria orgânica, o que possibilita grandes rendimentos anuais de biomassa (alta produtividade), devido à sua alta capacidade fotossintética, para além de capturar o dióxido de carbono (CO2) atmosférico, contribuindo para a minimização das alterações climáticas.

 

Objetivos:

- Cultivar microalgas de forma sustentável, assegurando a manutenção dos fatores abióticos necessários à sua sobrevivência;

- Identificar as espécies de microalgas que poderão ser utilizadas como biofertilizante;

- Aplicar o método científico na construção de um protocolo experimental eficaz que permita testar o efeito das microalgas como biofertilizante em culturas de feijoeiro Phaseolus vulgaris (feijão verde);

- Sensibilizar a comunidade educativa e população em geral para a importância das microalgas na biosustentabilidade do planeta, para a facilidade com que podem ser cultivadas, para as diferentes áreas onde podem ser usadas e como podem ser uma solução contra as alterações climáticas.

 

Metodologia: Neste projeto procedeu-se ao cultivo de 4 espécies de microalgas em laboratório, monitorizando-se as condições abióticas necessárias ao seu crescimento. Testou-se o efeito biofertilizante da microalga Haloclorella rubescens em culturas de feijoeiro, prepararam-se 3 vasos (A, B e C) com sementes de Phaseolus vulgaris, o vaso A serviu de controlo (solo), no vaso B adicionou-se 5% de fertilizante químico e no vaso C 5% de biofertilizante à base de microalgas e pasta celulósica de bananeira. Os vasos foram expostos às mesmas condições de luminosidade, temperatura e humidade, sendo as culturas irrigadas semanalmente com idêntica quantidade de água. Monitorizou-se o desenvolvimento das culturas nos 3 vasos, medindo-se o comprimento do caule.

 

Observações: Verificou-se que as microalgas cresceram usando materiais recicláveis de uso comum e perante condições atmosféricas naturais. Relativamente ao cultivo do feijoeiro, o vaso C (que continha biofertilizante à base de microalgas e pasta celulósica de bananeira) foi o que apresentou maior desenvolvimento das culturas, seguindo-se o vaso B (que continha fertilizante químico) e por último o vaso A (solo sem fertilizante).

 

Conclusões: Constatou-se que as microalgas podem ser facilmente cultivadas de forma sustentável pela população e usadas como biofertilizante em culturas de feijoeiro. Este projeto demonstrou novas estratégias biotecnológicas, ecológica e economicamente sustentáveis para o setor agrícola, importantes na minimização do problema atual das alterações climáticas.

 

Parceiros Institucionais/ Colaboradores: Laboratório de Microalgas da Universidade da Madeira – Professora Doutora Nereida Cordeiro e Mestre Marisa Faria

catálogo Mostra Nacional de Ciência.jpg
Fundo branco
bottom of page